Pequena poesia
para um par
para um par
de olhos
azuis
que não merecem uma
estrofe
estrofe
sequer.
De novo,
a espera
a espera
interminável de sua vinda
- furtiva, secreta -
no meio da noite.
Mata-me logo com essa tua tortura
animal,
de dizer que vem
de dizer que vem
- e não vir nunca.
Me abre buracos na alma,
que vão
que vão
matando
lentamente
de febre fria,
lentamente
de febre fria,
cólera e tremor.