quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Meus pulmões e os sinos de Granada.


Por algum tempo acreditei ou melhor me fizeram acreditar que era um deslocado um sem-terra sem-pátria e sem coração que não era normal pelo fato de não me agradarem as coisas que há seculos agradavam à maioria aí com o coração enfadado de tanto sofrer foi que empunhei Lorca e me pus em pé bebendo a pólvora ardente de seus versos que se misturou ao meu sangue e explodiu junto com meus pulmões meus ares meus versos de rebeldia.

--Petersburgo, algum dia de neve em dezembro de 2008.

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